4º C

Personagem principal - A senhora Tremeliques
Local - Acampamento índio


A senhora Tremeliques no Acampamento índio

Numa bela manhã, Isabel acordou com uma sensação estranha, sentia odor esquisito e o seu nariz estava pegajoso, quando se tentou levantar um sapo nojento saltou-lhe da cabeça. Mas não era um sapo qualquer, era o sapo Tico, que vivia no lago mágico perto da sua casa e que Isabel conhecia bem, pois era seu amigo.
Isabel era uma menina de 9 anos que vivia numa pequena vila chamada Sangrela situada no Sul da América. Era uma menina muito bonita, de estrutura mediana sempre com sorriso nos lábios finos e bem definidos.
Dava gosto vê-la a brincar à macaca e a saltitar pelas ruas.
Certo dia, no regresso da escola, Isabel vinha tão distraída, a pensar, no que ia fazer naquele belo fim de tarde, que apanhou um enorme susto quando alguém deu um valente espirro atrás dela. Toda ela começou a tremer, sem conseguir parar.
     Muitas pessoas começaram aproximar-se para ajudar a menina, até que ela parou de tremer e ficou mais calma.
     A partir daquele momento, a menina sempre que ouvia espirrar não parava de tremer. As pessoas espirravam de propósito para a ver tremer.
Tremeu tanto, tanto e durante tanto tempo, que nunca mais parou de tremer e ficou assim conhecida menina e mais tarde Sra. Tremeliques.
Foram anos e anos, a ser envergonhada e gozada em público, devido ao efeito que a audição do espirro lhe causava, até que um certo dia encheu-se de coragem e resolveu tomar uma atitude, decidiu fugir para a floresta.
Quando entrou na floresta, sentiu um enorme calafrio, parecia que esta estava assombrada, havia uma enorme escuridão e muitos barulhos estranhos. De repente, o medo invadiu-a, reparou que estava sozinha e parecia que a floresta tinha ganho vida e podia atacar a qualquer momento. 
Perante este pensamento entrou em pânico, fechou os olhos e começou a correr o mais rápido que conseguia, numa confusão total de emoções…Isabel não viu a raiz duma enorme árvore centenária que ali estava saliente, e tropeçou, caiu e bateu com a cabeça numa pedra perdendo os sentidos.
Um índio chamado Iraí, andava à caça e foi surpreendido por um corpo feminino, ferido estendido no chão. De imediato pegou no corpo inerte e levou-o para o seu acampamento.
Quando a Senhora Tremeliques acordou sentiu que estava num sítio estranho e a seu lado estava um índio a quem ela perguntou:
-Onde estou? Ele respondeu:
-Estás num acampamento índio, porque um outro elemento da tribo te encontrou desmaiada na floresta e te trouxe para cá. Mas fica descansada, vai ficar tudo bem, já estamos a tratar de ti.
Entretanto, já se preparava um javali no espeto, com umas batatas e milho assado.
Da tenda, a senhora Tremeliques sentiu um cheiro convidativo e levantou-se rapidamente, para ver do que se tratava. Quando levantou a lona da tenda, ficou maravilhada, com o magnífico manjar que lhe tinham preparado, bem como, com o ambiente que a rodeava.
Havia uma enorme quantidade de tendas coloridas em forma de cones, e pessoas semi-nuas (Cobertas com vegetação e penas), com imensas pinturas no corpo e alegria estampada no rosto.
De repente, duas crianças de pele avermelhada e de sorriso inocente aproximaram-se e puxaram-na para perto da fogueira, onde se sentaram e se deliciaram com o javali.
Depois de jantar, arrumaram tudo e convidaram a senhora Tremeliques assistir à sua dança tribal.
Os índios formaram um círculo à volta da fogueira, e com a ajuda de instrumentos personalizados (pau de chuva, maracas, batuque, flauta…), com a voz e o seu corpo produziram sons e coreografias impressionantes.   
                         
  

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