sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

História

     Era uma vez um menino atrevido e curioso que se chamava Yang. Certo dia decidiu entrar num parque muito escuro e assustador. Entrou devagarinho e foi andando, até que viu uma grande luz amarela no meio do lago.
     O Yang logo pensou em ir tocar na luz; rapidamente correu para o lago, inclinou-se muito devagarinho sobre a água, observou-a, esticou o seu pequenino braço, abriu a mão e tocou naquela luz. De imediato, deu-se uma explosão e o lago ficou todo iluminado. O Yang ficou como uma estátua, também todo iluminado, de todas as cores, parecia o arco-íris, que rapidamente desapareceu. Aparentemente, o lago o engoliu-o num abrir e fechar de olhos e nunca mais ninguém o viu.
    O Yang acorda no mundo dos dinossauros, mas não sabia, pois tinha regressado ao passado, nada menos do que 70 milhões de anos atrás. Levanta-se  meio tonto e não sabe onde está, olha para o chão e apercebe-se que existe uma distância muito grande, repara nas suas mãos, elas são enormes, rugosas, os dedos compridos, as unhas grandes, largas e achatadas. Coloca-as no rosto e apercebe-se que a sua face é enorme, a pele cheia de rugas, uma barba esbranquiçada com um aspecto de quem não a corta há séculos.
      Ele, muito assustado desata a correr por entre a vegetação sem parar. Tinha-se tornado num gigante. Já muito cansado, começa a correr cada vez mais devagar até que acaba por parar e deita-se no chão cansado de tanto correr. Olha à sua volta e vê uma paisagem lindíssima, toda ela plana, com algumas pedras que pareciam pequenos montes de perder de vista, com o céu ali bem perto e um Sol um pouco estranho, muito tímido, com muitas plantas pequenas que o atrapalharam muito quando corria e que o fizeram cair, apesar de ele ser gigante.
      Ficou ali, algum tempo a tentar lembra-se do que lhe tinha acontecido, onde estava e como veio ali parar. As perguntas na cabeça dele eram tantas que chegou a pensar que era um sonho, um sonho muito lindo e que por isso não queria acordar tão cedo.
      Estava ainda a descansar, deitado no chão que quase parecia de esponja, tal era a quantidade de plantinhas já mortas ali todas amassadinhas, bem juntinhas umas às outras que quase faziam um perfeito colchão, um pouco húmido é certo! Estava a gostar de estar ali naquelas plantinhas macias, mas logo começou a sentir umas coisas estranhas nos pés que lhe fizeram cócegas e desatou a rir às gargalhadas; feito um tolinho, rebola-se pelo chão dando enormes gritos que faziam um eco enorme e se ouviram muito longe dali.
     Parou de repente, e já mais calmo ouviu um barulho estranho. Olhou para trás e viu um grande crocodilo, com uma cauda enorme a rastejar, uma boca ainda maior e olhos arregalados, a tentar apanhar uma grande tartaruga que fugia a uma velocidade que o deixou espantado.
   - Como é que a tartaruga consegue correr tanto, ainda por cima com a casa às costas?
   Ainda sentado no chão, muito admirado com aquilo que viu, vira-se e sente, como que uma pedra que ele logo agarra com as suas grandes mãos e pensou em atirar para bem longe, mas, logo muda de ideias; ao olhar pela segunda vez, pareceu-lhe um ovo. 
    Então agarra com as duas mãos naquela coisa estranha e olha, e volta a olhar, levanta-a acima da sua cabeça para ver melhor. Naquele momento, surge um grande pássaro a voar que num abrir e fechar de olhos leva o que ele tinha na mão e Yang quase morre de susto; dá um passo para trás e desequilibra-se, dando um valente trambolhão. Até os insectos que por ali passeavam pararam para perceber o que se tinha passado, tal foi o barulho que o gigante fez ao cair.
    Depois deste susto o gigante ficou ainda mais confuso do que antes: pareceu-lhe que era um ovo que tinha na mão, embora para ovo fosse muito grande, mas ele também era grande e por isso, até nem ficou muito admirado. Mas o que realmente o deixou curioso foi aquela coisa, enorme, parecida com um pássaro que lhe fez lembrar um dragão que já tinha visto, mas não se lembrava do local, nem do país…
- Lá estou eu sonhar - pensou ele.
    Com estas dúvidas todas, a muito custo lá se pôs de pé, esticou as suas pernas enormes e musculadas, abriu os braços compridos e espreguiçou-se com tanta vontade que ouviu de repente um grito enorme, um barulho ensurdecedor, que até os ouvidos lhe ficaram a doer e a terra parecia-lhe  tremer debaixo dos seus grandes pés.
    O barulho diminui um pouco e ele olha para trás e fica sem palavras. O sangue quase gelado, as mãos a tremer, tal era o espectáculo que estava a ver. Aí a uns quinhentos metros de distância, estavam dois grandes dragões numa luta terrível, cuspiam fogo, voavam, davam cambalhotas no ar, davam grandes roncos e batiam umas asas enormes, pareciam mesmo pássaros gigantes.(até 20 de Janeiro)
 
 
 
 

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